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Mais seguros obrigatórios: Seguradoras pretendem influenciar Governo



Presidente da ASAN, Manuel Gonçalves
É pretensão da Associação Associação de Seguros de Angola (ASAN) alargar o leque de seguros obrigatórios que estão actualmente em vigor no país para a área de importação de mercadorias, revelou o seu Presidente, Manuel Gonçalves, em conferência de imprensa. O gestor revelou que no acto de importação de mercadorias são avultados os custos com seguros e que são as empresas estrangeiras que se beneficiam. «Preocupamos-nos com o surgimento de um novo produto de seguros que seja obrigatório relacionado com a importação de mercadorias, partindo do pressuposto de que o país gasta muito dinheiro para importar mercadorias e igualmente muito dinheiro como os custos dos transportes e o custo dos seguros para viabilizar essas mercadorias», argumentou Manuel Gonçalves que acrescentou que, inclusive, já foi preparada pela instituição que representa toda legislação necessária para o efeito e que já se encontra em posse das entidades competentes.
Na sua primeira comunicação pública desde a proclamação da associação, em Fevereiro do ano passado, o seu presidente manifestou igualmente a sua preocupação em relação a fiscalização dos seguros já obrigatórios. «Preocupamos-nos igualmente com a efectividade dos seguros considerados obrigatórios, nomeadamente os seguros de acidentes de trabalho, cuja fiscalização é da competência dos serviços inspectivos do Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social e igualmente com o seguro automóvel», disse. Para o efeito, A ASAN passou a integrar uma equipa de trabalho formada por todas essas instituições que tem estado a trabalhar com vista a criação de todas as condições necessárias para uma efectiva fiscalização deste produto.
Consta das preocupações da ASAN a criação de uma reseguradora nacional. De acordo com Manuel Gonçalves, este poderá ser um mecanismo que vai fazer com que o reseguro não seja exclusivamente feito fora do país e possa verificar-se em Angola uma retenção de parte significativa dos valores que nas condições actuais são colocadas em países diferentes no estrangeiro no quadro do reseguro internacional que todas a seguradoras normalmente realizam em consequência da necessidade da pulverização do risco para a protecção do seu negócio.
Autor: Adriano de Sousa
 
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